Gastroenterologia e Endoscopia Digestiva
Avalia doenças dos seguintes órgãos: esôfago, estômago, intestino delgado e grosso, fígado, vesícula biliar e pâncreas.
Principais doenças:
- Doença do refluxo gastroesofágico (azia)
- Dispepsia (“gastrite”)
- Úlceras Gástricas e Duodenais
- Intolerância a Lactose
- Doença Celíaca (Alergia ao Glúten)
- Constipação (“Intestino Preguiçoso”)
- Divertículos do intestino grosso
- Pólipos no estômago e intestino
- Doença Inflamatória Intestinal (Doença de Crohn e Retocolite Ulcerativa)
- Hepatites Virais (Hepatite A, Hepatite B, Hepatite C)
- Nódulos hepáticos
- Esteatose hepática (fígado gorduroso)
- Cálculos biliares (“pedra” na vesícula)
- Pancreatite
Procedimentos Endoscópicos
O que é?
É um exame utilizado para diagnóstico e tratamento das doenças da parte superior do tubo digestivo (esôfago, estômago e porção inicial do duodeno). É realizado sob sedação, introduzindo-se pela boca um aparelho flexível que permite a visualização de todo o trajeto.
Preparo:
É necessário jejum completo por oito horas. Se houver necessidade de usar alguma medicação, o paciente deve tomá-la com pequenos goles de água. Leite ou antiácidos não devem ser ingeridos. Grande parte das medicações de uso contínuo pode ser postergada.
Antes do exame, é necessário preencher uma ficha de admissão e um termo de consentimento informado. O paciente deve informar se já realizou outro exame de endoscopia, se teve alergias ou reações a qualquer medicação.
Há necessidade de acompanhante no dia do exame devido à sedação.
Procedimento:
O procedimento em geral é bem tolerado, realizado sob sedação e de curta duração (média de 10 a 15 minutos).
Se necessário, pequenas amostras de tecido (biópsias) podem ser colhidas para análise microscópica, de forma indolor. Na presença de lesões elevadas (pólipos), o médico poderá removê-las.
Riscos:
A endoscopia digestiva alta é um exame seguro. No entanto, como todo ato médico, ela não é isenta de riscos.
Complicações como perfuração e sangramento são excepcionais em exames diagnósticos, mas podem ocorrer em até 0,5% a 8% dos procedimentos terapêuticos como retirada de corpo estranho (espinha de peixe, osso, etc), dilatação de estenoses (estreitamentos), ligadura elástica ou esclerose de varizes e retirada de pólipos ou de outras lesões. O médico endoscopista está habilitado a realizar todas as medidas para a prevenção e tratamento desses eventos adversos.
Além disso, as medicações utilizadas na anestesia/sedação podem provocar reações locais como flebites e reações sistêmicas, incluindo diminuição na oxigenação sanguínea e alterações no ritmo cardíaco e na pressão arterial. Esses parâmetros são constantemente monitorizados, estando a equipe habilitada para o tratamento imediato se necessário.
Recuperação:
O paciente permanecerá na sala de repouso em observação até que os efeitos da sedação desapareçam, podendo sentir a garganta adormecida ou levemente irritada e um discreto desconforto no estômago. Espirros ou congestão nasal podem ocorrer caso tenha sido administrado oxigênio.
Devido aos efeitos da medicação, o paciente não deve dirigir, operar máquinas ou beber álcool até o dia seguinte.
Após o exame, o paciente pode voltar à dieta normal e usar suas medicações rotineiras, a menos que tenha sido instruído do contrário por seu médico.
O médico que solicitou o exame é o profissional mais habilitado para orientar o paciente em relação ao diagnóstico encontrado. Se forem obtidas biópsias, a análise será realizada pelo laboratório de patologia e o resultado será entregue em cerca de 5 a 7 dias úteis.
O que é?
É o exame endoscópico do cólon (intestino grosso) e do íleo terminal (porção final do intestino delgado).
Além da inspeção da superfície intestinal, permite a realização de biópsias que podem ser úteis para o diagnóstico. Procedimentos terapêuticos também podem ser realizados, sendo o mais frequente a polipectomia, que é a remoção de pólipos.
Preparo:
É muito importante que seja feito um preparo intestinal com dieta, laxativos e eventualmente lavagens, para remover os resíduos do interior do cólon. Ao agendar o exame colonoscópico no hospital, o paciente receberá as instruções de preparo.
Há necessidade de acompanhante no dia do exame devido à sedação.
Procedimento:
Após o preparo do cólon e sedação, o colonoscópio é introduzido pelo reto até o ceco (porção inicial do cólon) ou até o íleo terminal.
Durante a retirada do aparelho é feita uma minuciosa inspeção. Quando necessário, é possível obter fragmentos (biópsias) para análise. Os pólipos diagnosticados podem ser removidos durante o exame.
Riscos:
Eventuais complicações podem decorrer do preparo do cólon, da sedação, do exame propriamente dito ou de procedimentos complementares realizados.
O preparo pode gerar náuseas, vômitos e distensão abdominal, e como induz diarreia, pode ocorrer desidratação e desequilíbrio dos eletrólitos.
As possíveis complicações relativas à sedação são reações locais (flebite) e sistêmicas, incluindo diminuição na oxigenação sanguínea e alterações no ritmo cardíaco e na pressão arterial. Esses parâmetros são constantemente monitorizados, estando a equipe habilitada para o tratamento imediato se necessário.
Em relação ao procedimento, pode ocorrer perfuração intestinal durante a introdução do colonoscópio em cerca de 0,05% das colonoscopias diagnósticas. Ressecção de pólipos pode acarretar perfuração (0,03% a 1% das polipectomias) e hemorragia (0,02% dos procedimentos), relacionados principalmente ao tamanho da lesão removida.
Recuperação:
O paciente permanecerá na sala de repouso em observação até que os efeitos da sedação desapareçam.
Recomenda-se que o paciente não dirija, opere máquinas ou consuma álcool até o dia seguinte e que faça refeições leves após o exame.
Em caso de mal-estar, náuseas, vômitos, sangramento intestinal ou dor abdominal, o paciente deve retornar ao serviço de endoscopia ou à emergência do hospital.
fonte: Adaptado de “Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva – www.sobed.org.br”